terça-feira, 11 de setembro de 2012

Marilena Chauí e a classe média:



“Como se o mundo tivesse posto em risco todos os seus valores”


Por uma ocasião que me aconteceu um dia desses, me impulsionei a divulgar esse vídeo, no qual a Marilena Chauí participa da mesma mesa de debates que Vladimir Safatle - publicado anteriormente aqui por Igor Caribé. Esse debate ocorreu dia 28/08, analisando a situação político-social em que se encontra São Paulo e, de uma maneira geral, o Brasil. 

A situação que me ocorreu também foi uma situação de trânsito. Em um sábado passado, eu e minha namorada no meu carro, conduzi até um cruzamento, aqui perto de casa. Eu vinha de uma rua lateral que dá acesso ao semáforo do cruzamento. Semáforo fechado, esperei que algum daqueles motoristas na minha frente me dessem passagem para chegar a essa pista principal, a do cruzamento, quando o semáforo abrisse. Pois bem, o semáforo abriu deixando um espaço até grande para que eu entrasse, bem antes de um determinado carro. Este, era conduzido por um também rapaz ao lado de sua namorada. Dirigia seu carrinho importado, com ar de poder, e eu cá com meu "nacional econômico" como dizem por aí. Entrei tranquilamente na via, claro, dado o espaço. E o sujeito, não satisfeito com isso, veio me ultrapassar pela esquerda na frente - não sei como - dos carros da segunda faixa, eu desviei e até subi um pouco no canteiro. Para completar, ultrapassou, entrou na minha frente e virou à direita no cruzamento, eu segui direto.

É difícil ilustrar o acontecimento com essas referências, mas a questão se desenrola de maneira semelhante à situação descrita pela Marilena. O referido sujeito se sentindo na preferência e na antecedência a qualquer custo, por estar em um carro - signo - que lhe dava, em sua cabeça, status; agiu de acordo com o que lhe era devido. "Oras, não vou ficar para trás de um sujeito de menor status". E resolveu mostrar para sua namorada que era assim mesmo. Com toda sua imprudência, poderia ter batido em pelo menos dois carros, mas vejo que não importaria, dado seu "meio social" proporcionar esse tipo de comportamento. 

De resto, vejam a leitura maravilhosa e violenta dessa pensadora brasileira.

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